Saldo positivo

Setor de serviços lidera crescimento de empregos em Rio Grande e Pelotas

Números do Caged apontam que os dois municípios tiveram maior evolução na ocupação de vagas com carteira assinada

Foto: Agência Brasília - Na Zona Sul, Rio Grande e Pelotas foram respectivamente os municípios que apresentaram os maiores saldos positivos de vagas

Novos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes a outubro apontam que no período o Brasil criou mais de 190 mil empregos com carteira assinada. Seguindo a tendência nacional, na Zona Sul, Rio Grande e Pelotas foram respectivamente os municípios que apresentaram os maiores saldos positivos de vagas. Assim como no restante do País, o setor de serviços foi o que mais contratou. Já no cenário geral, das 22 cidades da região, seis tiveram retração de postos.

O saldo positivo de 51 empregos gerados em setembro saltou para 207 no mês posterior em Rio Grande. Desse estoque, o setor de serviços foi responsável por 121 das novas ocupações, cenário semelhante ao do País, em que o segmento representou mais de 70% das vagas. Além disso, o cenário favorável do Município se destaca por nenhum setor ter apresentado déficit na geração de trabalho. Já em Pelotas, o crescimento foi menor, com saldo de 136. No número, se destaca o crescimento da indústria que, com 47 postos, ficou atrás apenas dos serviços, com 55. Já a construção apresentou menos 19 empregos.

De acordo com o professor de Economia Monetária da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Marcelo Passos, o aumento da massa salarial e a diminuição da inadimplência são fatores nacionais que têm contribuído para a recuperação de empregos. “O número de empregados no Brasil é recorde e dados da Fecomércio São Paulo mostram que as expectativas do consumidor estão melhorando em relação ao ano passado. O que há de negativo é o índice de confiança do empresário industrial, que está caindo”, relata. Aspectos esses que também refletem nos índices regionais.

Passos explica que dentre os setores, serviços e comércio são os que apresentam melhores expectativas de crescimento, justamente os segmentos que movimentam grande parte da economia dos dois municípios. Além disso, o economista diz que para Pelotas, o aumento do preenchimento de vagas na indústria é uma ocorrência em evidência. “O fato de Pelotas estar gerando na indústria mais empregos do que Rio Grande é um dado positivo porque os empregos na indústria são bem remunerados, isso se traduz no comércio, em gastos no final do ano, então os dados são positivos.”

Já em relação ao saldo negativo na construção, Passos explica que um dos principais motivos seria a alta da taxa Selic, o que impacta diretamente nas construções em razão do encarecimento dos empréstimos. “Encarece tudo. É um setor que depende muito do crédito bancário, então isso faz com que se retraia”.

Por fim, o crescimento na movimentação dos Portos do Estado é um elemento que também contribui para a perspectiva positiva da economia na região. “É um indicador claro de que com toda a quebra de safra que tivemos nos últimos dois anos, o agronegócio está retornando forte e isso também aquece o comércio”.

Resultado animador
“Vem crescendo aos poucos, mas de forma constante”, declara o Secretário da Fazenda de Rio Grande, Edes Andrade Filho. O saldo positivo de 207 empregos, superior inclusive a Pelotas, é resultado da Lei Municipal de Liberdade Econômica, avalia o gestor da pasta. Isso porque a legislação facilita a abertura de empresas e a ampliação do setor de serviços. “O número é pequeno, mas bastante alentador e ele vai criando um estoque positivo. O setor de serviços é o melhor de todos se olhar a nossa malha tributária”, afirma.


Na Zona Sul, cinco municípios apresentaram saldo negativo de geração de empregos: Piratini (-70), Capão do Leão (-42), Herval (-5), Santana da Boa Vista (-3), Pedras Altas (-2) e Turuçu (-1). No Rio Grande do Sul, o único saldo negativo foi na Indústria e o segundo pior resultado foi na Construção. A maior variação positiva foi no Comércio.

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